Indústria Cultural vai a Julgamento 3

A sessão do julgamento da indústria cultural que estava prevista para iniciar às 19 horas, começou com um atraso de meia hora e foi marcado por diversos problemas. O juiz da sessão, Claudio Daniel Matos, demonstrou pouca, ou nenhuma autoridade durante o julgamento e diversas vezes ameaçou pedir a expulsão de todos que estavam no local. Isso sem falar na sua irritante mastigação de chiclete durante o julgamento
A acusação, representada pelos alunos Cleverson Dias Bravo, Eduardo Maia e Robson Custódio, apresentou duas testemunhas, sedo uma delas a premiada jornalista Vânia Mara Welt e a professora Marta Kosmoski Machado. A primeira testemunha apresentada foi Marta, que afirmou que "a Indústria Cultural acabou com a essência da família. Nos conselhos de classe as professoras podem perceber como as crianças necessitam de mais apoio dos pais.As novelas e noticiários não ajudam o sistema escolar". Já Vânia contou o caso dos "Bruxos de Guaratuba", que a mídia julgou como sendo culpado quem na realidade era inocente, e lembrou que o mesmo aconteceu no caso "Escola de Base". Os promotores optaram por uma atuação ao estilo americano, onde quando um fala a outra parte tenta desconcentrar os jurados. Mandrik fez isso comendo um apetitoso lanche com a boca aberta, coçou partes do corpo e espreguiçou-se. A defesa apresentou apenas uma testemunha, que descobriu-se como sendo parente da advogada Vanessa Cordeiro e que foi apresentada com o intuito de comover os jurados, uma vez que Gisele Barbosa Batista é deficiente física.
O discurso de ambas as partes foi pouco fundamentado e convencedor, chegando, em alguns momentos se tornar uma discussão pessoal entre defesa e promotoria. O auditório que não comportava o número de pessoas que estavam na primeira metade do julgamento foi substituída por cadeiras vazias e espectadores com cara de "poucos amigos".
Apesar de acusadores e defensores não terem conseguido chegar a um consenso do que é ou não indústria cultural, a defesa levou vantagem em fazer um discurso voltado aos jurados, enquanto os promotores tentaram mostrar inteligência citando Adorno, Mercuse e Marilena Chauí. A vantagem e melhor desempenho da defesa puderam ser vistas no resultado do tribunal, que terminou com a absolvição por quatro a três, a favor da indústria cultural.

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